Deputada do PSD Carolina Marques defende financiamento estável para combater erosão costeira em Aveiro


A deputada do PSD Carolina Marques defendeu esta semana, no Parlamento, a necessidade de garantir um “financiamento estável e acompanhamento técnico continuado” para enfrentar a erosão costeira que afeta o distrito de Aveiro. A posição foi expressa durante a audição da ministra do Ambiente, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).

Carolina Marques saudou o facto de o Governo ter dado prioridade ao litoral aveirense no documento orçamental e nos fundos europeus de coesão, mas alertou para a importância de assegurar medidas consistentes e duradouras. “Valorizamos o esforço do Governo em dar prioridade ao litoral aveirense no quadro do Orçamento do Estado para 2026 e dos fundos europeus de coesão. Mas é, igualmente, importante assegurar financiamento estável e acompanhamento técnico continuado, para que as soluções não sejam pontuais, mas estruturais e duradouras”, afirmou a parlamentar social-democrata.

Na sua intervenção, a deputada sublinhou que “a erosão costeira é um dos maiores desafios ambientais e territoriais que o país enfrenta”, salientando que o fenómeno tem impacto direto em concelhos como Espinho, Ovar, Ílhavo e Vagos, “onde o avanço do mar ameaça habitações, infraestruturas, ecossistemas e atividades económicas essenciais”.

Carolina Marques destacou ainda que a pressão costeira é “particularmente intensa” em Espinho e Ovar, exigindo “intervenções integradas que conjuguem a reposição sedimentar com a requalificação das estruturas de defesa existentes”. Já em Ílhavo e Vagos, considera que a prioridade deve continuar a centrar-se na reposição sedimentar, “assegurando o equilíbrio natural e a proteção dos ecossistemas”.

A deputada reconheceu o reforço do investimento e da coordenação interinstitucional por parte do Governo, nomeadamente através de programas plurianuais de defesa costeira e valorização ambiental, mas reforçou que o acompanhamento e o financiamento destas medidas devem ser contínuos. “Só assim será possível garantir planeamento, continuidade e previsibilidade na resposta a um problema estrutural que afeta gravemente o nosso litoral”, concluiu.

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