O ciclo “O Desenho como Pensamento” chega ao fim com a inauguração, no dia 31 de outubro, da exposição coletiva “Um traço e outras linhas. O desenho é sempre outra coisa”, na Casa da Cultura de Ílhavo. A mostra, com curadoria de Ricardo Escarduça e Alexandre Baptista, marca o encerramento da terceira edição deste projeto que tem vindo a afirmar-se como uma referência na promoção do desenho contemporâneo enquanto prática artística e reflexiva.
A exposição reúne obras de Armanda Duarte, Bárbara Bulhão, Carlos Nogueira, Catarina Mil-Homens, Gonçalo Sena, João Louro, Jorge Abade, Jorge Martins, Nuno Sousa Vieira e Pedro A. H. Paixão, e poderá ser visitada até 17 de janeiro de 2026. Este novo capítulo do ciclo conta com a copromoção do Município de Águeda e da Universidade de Aveiro (UA), e a participação dos municípios de Albergaria-a-Velha e Ílhavo.
Até ao final de outubro, ainda é possível visitar as três exposições individuais patentes em Águeda. Na Casa-projeto no Campus da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA), Martim Brion apresenta “Fuga do Tempo”, uma instalação centrada na distribuição espacial e na dimensão temporal da obra, que conjuga textos, imagens e desenhos digitais. Na Biblioteca Municipal Manuel Alegre, Paulo Lisboa expõe “Como cantar o silêncio dos pássaros”, um conjunto de trabalhos que cruzam desenho, fotografia e projeção. Já no Centro de Artes de Águeda, José Loureiro apresenta “Meio coiso”, série composta por trabalhos designados pelo próprio como “olhos” e “ácaros”.
Também até 31 de outubro, encerra a exposição coletiva “O corpo no desenho das identidades: reflexões a partir da coleção Figueiredo Ribeiro”, com curadoria de Helena Mendes Pereira, patente em três espaços da Universidade de Aveiro — o átrio do Edifício Central e da Reitoria, a Sala Hélène de Beauvoir da Biblioteca e a Casa Lourenço Peixinho. A mostra reúne obras de 21 artistas de diferentes gerações, entre os quais Ana Jotta, André Tecedeiro, João Pedro Vale + Nuno Alexandre Ferreira, Luísa Cunha, Pedro Pires e Sara Bichão.
A terceira edição do ciclo “O Desenho como Pensamento”, da iniciativa e responsabilidade criativa de Alexandre Baptista, contou com o maior envolvimento de sempre da Universidade de Aveiro. O programa incluiu sete exposições, três conversas e duas performances, distribuídas por vários espaços culturais de Aveiro, Águeda, Albergaria-a-Velha e Ílhavo, reunindo um total de 30 artistas, dois curadores e um colecionador.
Além das exposições, o ciclo promoveu momentos de reflexão em torno do desenho contemporâneo, com a participação de dez especialistas em conversas sobre temas diversos, realizadas no GrETUA, na Casa Lourenço Peixinho e na Sala do Senado da Reitoria. As atividades foram complementadas por performances e ações de mediação, estando disponíveis para visualização online a visita guiada à exposição “O corpo no desenho das identidades” e a conversa “O corpo como território: feminismos e identidades na Coleção Figueiredo Ribeiro”.
Toda a documentação e registos desta edição do ciclo “O Desenho como Pensamento” podem ser consultados no website oficial do projeto.
